segunda-feira

Memória Estudantil

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Há poucos anos atrás, estudantes brasileiros lutavam por um país, mais justo e igualitário. O movimento em questão é: “Os caras pintadas”. E o alvo das reivindicações do processo de impeachment, foi o então presidente da republica Fernando Collor de Melo.

Depois de longas negociações políticas e a pressão exercida pela classe estudantil do Brasil. O objetivo foi alcançado com a renuncia de Collor da presidência do país. Consolidando-se assim a conquista da liberdade de expressar e de cobrar mudanças na esfera publica brasileira.

Mas nem sempre foi assim. Mauro Matias que na época da Ditadura era professor universitário, conta que quando ele, os outros professores e estudantes do ensino de graduação iam fazer manifestações em prol da liberdade de expressão para todos, na região central de Belo Horizonte, apanhavam dos militares.

Segundo Matias a situação atual é bem mais confortável que outrora. - Já não existe mais a pressão exercida por um regime no qual tudo era proibido, afirma.

A professora Célia Nonata, em uma palestra sobre os movimentos estudantis de 1968, realizada no ano passado, na Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, relatou que “Aqueles foram tempos difíceis”.

Os estudantes no passado lutavam até mesmo contra os aumentos no preço do transporte coletivo. Foi o que aconteceu em maio de 1956, no Rio de Janeiro, quando alguns estudantes usaram uma mesa de ping-pong para impedir que os bondes, transporte da época, passassem em protesto ao reajuste das tarifas.

A luta estudantil na atualidade, talvez esteja ligada à exigência de seus direitos através das leis e das eleições.

oglobo.globo.com

terça-feira

1968 - 2008: Passado e Presente


Torturas, exilados e muitos desaparecidos marcaram o período de Ditadura no Brasil e em diversas partes do mundo. Em 1968 as lutas por um mundo melhor na concepção dos jovens da época ficaram ainda mais latentes. O contexto histórico apontava o destino de toda uma geração, guerra fria, guerra do Vietnã, o marcatismo nos Estados Unidos, Primavera de Praga.


Marcha dos Cem Mil

No Brasil aconteceram muitas manifestações contrarias à Ditadura por exemplo a Marcha dos Cem Mil, no Rio de Janeiro. Mas o estopin foi o Ato Institucional número 5 (AI-5), que tirou do cidadão o direito às liberdades individuais e de imprensa. Este fato ficou caracterizado na encenação do estudante de Publicidade e Propaganda, Ariel Alves, trajando roupas pretas e com fita adesiva por todo o corpo e na boca, durante a palestra com o tema “O sonho acabou?”, no auditório da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte.

Depois da encenação, a militante do movimento estudantil e da organização de esquerda de ação popular, Gilse Cosenza, palestrou sobre o olhar feminino na luta política. Ela relatou que durante o regime militar, foi presa, torturada e viveu na clandestinidade por 12 anos. “Ouvi a notícia do AI-5 pelo Rádio, e fiquei mais indignada ainda”, disse Gilse.

Gilse Cosenza, conta que sofreu tortura sexual e psicológica quando esteve presa. Após sair da prisão ela contou emocionada que teve mais contato com a filha. Gilse mudou de nome varias vezes, ela se defende dizendo que era preciso fazer isto para não ser pega pelo regime de novo. A militante relembra que toda esta história começou quando ela resolveu ir com outros estudantes de Belo Horizonte, para o centro da cidade, mais precisamente na Praça Sete, com o objetivo de resistir ao militarismo. Gilse declara estar feliz: “agora posso contar tudo o que fizeram comigo e lutar pelos meus direitos com mais liberdade”.

A gerente editorial Jussara Maria da Fonseca, de 51 anos, assistiu a palestra e disse que foram boas as informações divulgadas pela palestrante. Jussara afirmou que “o sonho não acabou, porque temos muitos sonhos para lutar”, lembrando do movimento dos sem teto, da corrupção na política e da falta de consciência feminina de algumas mulheres na hora de votar.

Ricardo Guaraci